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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Matrix e o mito da caverna


Se percebermos a filosofia que se emprega, na comparação entre o célebre filme Matrix e o texto “O mito da caverna”, texto do filósofo Platão, notamos muitas similaridades sobre o caráter da essência humana, sobre a curiosidade e a necessidade que temos em descobrir o novo. Muitas vezes a falta de sabedoria ou até mesmo a procura dela, levam-nos a criar mitos, fábulas, que remediam uma pseudo-explicação sobre o meio que vivemos. Essa é a visão que temos no Mito das Cavernas, pessoas acorrentadas uma vida inteira que tornam aquele universo de pouca luz a sua natureza; produzindo mitos que expliquem o que seriam as sombras das estátuas, confundindo-as, portanto, com a realidade. Devido à falta de um parâmetro comparativo ou mesmo consciência de um mundo externo para fazê-los discernir, eles acreditavam que as sombras seriam a verdade. 

Imagine se essas pessoas conseguissem se soltar dessas correntes e fugir das cavernas, e contemplassem o mundo externo, certamente que elas passariam por períodos de grande confusão psíquica, pois aquela nova realidade seria divergente de tudo o que elas julgavam correto. Só depois de algum tempo, quando se libertassem das algemas da ignorância, elas conseguiriam entender que toda a sua existência, até, então, era um engano. 


Esse é o mesmo caso do Matrix. Onde, Neo, foi apresentado há um novo universo através do seu tutor, entre muitos diálogos, o que seria a verdade e o que naquele momento seria o real pra ele. Convidado a tomar uma decisão, por Morfeu, ele, teve que escolher dois caminhos: tomar uma pílula azul, essa que o revelaria a verdade, ou a vermelha, que o manteria para sempre preso dentro da ignorância. Escolhendo a verdade, Neo, vê um mundo diferente do que estava habituado, ou seja, um mundo real, passando num primeiro instante por confusões mentais, até se adaptar a sua nova realidade. 

As duas obras, apesar do tempo que existe na elaboração entre uma e outra, vemos que o homem um dia terá que se libertar e enxergar o que é real e o que não é para conseguir escapar da ignorância. Talvez essas duas obras queiram mostrar que o conhecimento é um caminho, uma decisão que um dia teremos que encarar, tendo o espanto, pois a cada questionamento que surgir uma nova realidade estará prestes a nascer.

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